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terça-feira, 8 de março de 2016

Glândula Pineal: Uma análise conceitual


Até bem pouco tempo atrás, meados do século XX, a glândula pineal, ou epífise, era vista como órgão residual pelo meio científico; uma glândula sem função relevante.

Pelo aspecto filosófico, René Descartes, 300 anos antes, já conceituava a glândula pineal como a SÉDE DA ALMA; um trono da mente onde se assenta uma alma humana.

Á medida que as observações científicas sobre a glândula pineal vieram aumentando, desmistificando, assim, o conceito de órgão residual, as questões esotéricas e espirituais aumentaram, a ponto de, em menos de meio século, tornar-se a glândula mais importante, tanto pelo aspecto do corpo quanto pelo aspecto da alma.

Esta glândula é fundamental na compreensão do conceito de raciocínio; hoje sabemos.

Mas, qual raciocínio? O de “penso, logo existo” ou o Raciocínio de Deus?

René Descartes, com sua célebre frase: “penso, logo existo”, fundou o pensamento cartesiano e, buscando elucidar a questão mente-corpo, conceituou, acertadamente, que a glândula pineal é o órgão do corpo humano responsável por essa interação dual.

O que este e outros filósofos e também os cientistas não observaram no emprego e desenvolvimento de seus métodos é a composição ternária sugerida pelo próprio René Descartes acerca do Universo: Deus, Matéria e Pensamento.

Descartes postulava que, além de Deus (grifo meu), o universo era constituído por outras duas substâncias.

Uma delas era a res extensa (do latim, “coisa extensa”) e a outra substância era a res cogitans (do latim, “coisa pensante” ou alma).

A alma foi caracterizada por Descartes como algo imaterial e, portanto, sem extensão.

E onde ficou a primeira substância, a “res-divina”? (assim podemos chamar?)

Essa primeira substância deixou de ser considerada no pensamento cartesiano ocidental, muito provavelmente, porque ninguém conhecia a substância divina, ou a coisa divina.

Em realidade, não se podia experimentar a substância divina que compõe o universo, apenas especular.

E a Ciência moderna não cabia especulações, somente experimentações e métodos reprodutíveis.

René Descartes então fundamentou a filosofia moderna e a ciência matemática com este pensamento cartesiano, da dualidade corpo-alma, ao invés de fundamentar com a trindade Deus-corpo-alma, porque Deus era apenas uma especulação, ou uma crença, para os filósofos de sua época.

Mas, agora, no terceiro milênio, Deus deixa de ser uma especulação, com a Cultura Racional.

Penso, logo existo, porque sou de origem divina, de origem Racional; portanto, Deus existe e não é pensamento e nem alma, é Racional, é a origem existente.

A “res-divina”, ou Racional, é a Origem Verdadeira das outras duas substâncias que compõe o universo.

Hoje, sabemos isto, pelo estudo da Cultura Racional, a cultura da “res-divina” que nos revela esta terceira parte do universo; em verdade, a primeira.

E, apesar de René Descartes estar muito certo na sua lógica cartesiana acerca da dualidade corpo-alma, não podia a Filosofia, nem a Ciência, nem o Espiritismo, decorrentes deste pensamento humano, acertarem com a “res-divina”.

É o que hoje podemos conceituar com a Cultura Racional: os três Milênios da composição energética da mente humana.

Isso mesmo, a mente humana tem três mecânicas de composição, desenvolvimento e regência; e não apenas duas, como era postulado pela Filosofia e pela Ciência, que se baseavam no pensamento e na imaginação.

Eis a raiz do desequilíbrio humano: o pensamento e a imaginação, duas forças variantes, polarizadas e circundantes, sempre atuando em ciclos.

O raciocínio é ternário, não é dual, nem cartesiano, o Raciocínio é a identidade divina, dentro destas duas substancias universais.

Confundiram e ainda muitos confundem raciocínio cartesiano, que era necessário para a investigação da dualidade corpo-alma, com o raciocínio-Racional que contempla a verdadeira origem de tudo e de todos – Deus – o Raciocínio Supremo.

Agora, em se falando da glândula pineal, qual será mesmo a sua opinião diante destas considerações?
Você já considerou que muitas aves e peixes usam a glândula pineal para fazerem suas migrações?

A glândula pineal, nessas classes animais, funciona como órgão sensorial ligado ao geomagnetismo, o que explica essas migrações.

Também funciona como órgão sensorial das variações do campo elétrico e magnético que afetam o discernimento e a lógica do pensamento cartesiano do corpo-alma, ou órgão sensorial do campo espiritual.

O que não se sabia, mas agora precisa ser considerado, é que a glândula pineal também pode funcionar como órgão sensorial da “res-divina”.

O desenvolvimento do raciocínio da “res-divina” não pode ser confundido com o desenvolvimento do raciocínio cartesiano do corpo e alma, embora sejam complementares.

De modo simplificado, diz-se: Primeiro Milênio, Segundo Milênio e Terceiro Milênio, com relação às três fases de desenvolvimento da mente humana, porque foram processos milenares de diferentes fases evolutivas.

Sabendo-se, assim, que a glândula pineal abriga estes três desenvolvimentos, é necessário e extremamente importante lembrar o seguinte.

A “res-divina”, Racional, não é Espiritismo, nem é Ciência, nem Filosofia e, para ser sentida, é necessário seu recíproco desenvolvimento com a Terceira Energia, nunca pelas outras duas substâncias componentes do universo.

O espiritismo foi necessário para elucidar a questão da dualidade corpo-alma e, agora, a Cultura Racional é necessária para revelar e equilibrar a trindade universal.

Exercícios para ativar a glândula pineal, baseados no campo elétrico e magnético, não fazem nenhum sentido nem trazem benefício algum para o desenvolvimento do Raciocínio-Racional, do Terceiro Milênio.

A Cultura Racional é “coisa de Deus” (“res-divina”) e, como tal, se desenvolve com a terceira substância universal. Daí, o termo, Terceiro Milênio.

Todas as práticas esotéricas, espirituais, filosóficas e científicas com a glândula pineal estão dentro do contexto de dois campos de energia: campo elétrico e magnético (dual); correlatos com as duas substâncias universais: mente e corpo.

A prática do Terceiro Milênio é estabelecer a ligação sensorial da glândula pineal com a Energia Racional, pelo método da Imunização Racional.

Este é o método natural baseado no Conhecimento Racional de si mesmo.

A leitura do livro Universo em Desencanto é  a recomendada.

Um comentário:

  1. Salve! Professor Porfírio
    Parabéns pelos belos textos reflexivos e de grande contribuição para nós estudantes de Cultura Racional, desvendando de forma simples e lógica, todos os mistérios que ainda cercam e vendam os místicos e apaixonados pela matéria sob a proteção das nefastas energias elétrica e magnética que estão em extinção e levando de roldão todos os seus feitos para uma transformação em classes inferiores.
    belos textos como esses servem de base para o nosso Programa de rádio aqui em Macapá-AP na Rádio Universitária 96.9FM - A Voz Racional de Macapá.
    Grande abraço fraterno.

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