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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Racionalidade e Amor

O desenvolvimento da racionalidade do pensamento humano foi explorada nos seus limites por Max Weber em seu trabalho sobre a Filosofia das Religiões (1920) ao propor o termo “Desencantamento do Mundo” como um apanágio desse desenvolvimento, significando este termo a perda do sentido de um “Mundo Mágico” concebido pelas religiões – a “desmagificação” do mundo – e, por outro lado, a Ciência, com toda a sua racionalidade, também chegando à mesma conclusão de que este Mundo não tem sentido sem a existência de outro mundo que lhe desse conseqüência, com base na lei de causa e efeito.

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A apreciação acima é feita por um sociólogo em sua tese de doutorado na USP, Flávio Pierucci, e publicada num livro com o título o DESENCANTAMENTO DO MUNDO, concluindo que a evolução humana tende a uma “Moderna Cultura Racional”, onde a razão e o amor devem ser considerados de forma harmônica.

Destarte, pode-se concluir que o Conhecimento Humano evolui para a concórdia dos paradigmas científicos com as diferentes dogmáticas religiosas, onde o ser humano, considerado como um todo, não pode abdicar nem de um nem de outro, na concepção deste mundo, buscando o real sentido da sua existência.

Esta proposição de associação também se faz proeminente na 13ª Encíclica do Papa João Paulo II – Fé e Razão – que propõe a exploração da razão pela ciência aliada à fé religiosa.

Quem somos? De onde viemos? E para onde vamos?

Esta tríplice questão existencial acompanha a evolução do pensamento humano, através de milênios, sem nunca o pensamento ter encontrado uma resposta convincente.

Até então, racionalidade e amor continuam díspares nos paradigmas científicos e na dogmática religiosa – isto, segundo a filosofia enigmática do pensamento humano.

A questão é:
 -“Como consorciar tais paradigmas com tais dogmas de modo funcional, na concepção do verdadeiro sentido deste mundo, ou, na constatação de que este mundo não tem realmente nenhum sentido”?

Podemos apontar para um fato que tem sido pouco considerado, tanto pelos homens das Ciências, e muito menos pelos homens das Religiões.

Este fato é o nascimento da “CULTURA RACIONAL”, em 1935, na Tenda Espírita Francisco de Assis.

Percebam os dois elementos na simbologia do fato: racionalidade pura e o puro amor.

1) A primeira mensagem da Cultura Racional: “Quem És Tu?” – racionalidade pura.

2) O último aviso da divindade suprema, o Racional Superior, à Humanidade: “O mundo vai passar pela fase do fogo... Os que estiverem comigo, EU salvarei!” – o puro Amor.

Talvez este fato não tenha recebido maior atenção do mundo por ter sido materializado através de um homem simples, de cor de bronze: Manoel Jacintho Coelho; nascido no Rio de Janeiro em 1903, com o DOM natural necessário para este desenvolvimento, Racional. 

Mas, no “clube das aparências”, ele não tinha formação acadêmica, não era doutor.

Nessa época, as aparências tinham uma forte dominação sobre o senso dos valores.
Publicou até início da década de 1970 os 21 volumes básicos da Obra UNIVERSO EM DESENCANTO e já em meados da década de 1980 suplementou esta Obra com cerca de 1000 fascículos, preparando e ensinando a humanidade no caminho do amor de todos por UM. E recebeu vários títulos honoríficos, mas nem precisava. Ele não precisava!

Afirma-se, pelas provas e comprovações, que muitas destas provas já foram tornadas públicas, ser este o Mensageiro e Construtor de um “Mundo Novo”, que utiliza a Liberdade como Razão Superior, para justificar a existência de tudo que existe neste mundo.

E uma das maiores provas está no escopo desta Obra Literária quando mostra a planta da formação deste mundo, sem precisar negar nenhuma das formas do Conhecimento Humano, ao contrário, dando-lhes um sentido harmônico e acrescentando outras formas de conhecimento que eram desconhecidas por todos.

Ressalve-se que esta Obra, muito mais do que uma obra literária, Universo em Desencanto, tem um redígio próprio que pode ser alcançado e entendido por qualquer pessoa, não necessitando de formação acadêmica.

Certamente, este fato não foi mais bem interpretado pela humanidade, até então, justamente pela forma de seu redígio não conter uma formalidade filosófico-científica, nem utilizar expressões intelectuais correntes e muito menos valer-se de sugestões dogmáticas.

Para as pessoas que acordaram e para as que vierem a acordar, nela estão todas as provas e comprovações que qualquer um, de forma despretensiosa, pode alcançar o conhecimento de si mesmo, coroando toda a busca humana através da evolução da racionalidade do pensamento e da transformação espiritual, com base no desenvolvimento do RACIOCÍNIO, que é a terceira parte, ou terceira máquina a ser desenvolvida em nosso cérebro.

O RACIOCÍNIO, aqui referido, é o potencial máximo natural de ligação do ser humano consigo mesmo, por ser dois em um, e não a simples alusão ao intelecto matemático do pensamento concreto.

Este é um caminho que precisa ser considerado para aqueles que querem saber como a racionalidade humana pode ser harmônica com o amor ao próximo como a si mesmo.

Cada qual deve aprender a unir estes dois mundos que constituem cada ser Racional materializado.