A pessoa que alcança
o topo do mundo, lá, enfrenta o seu maior abismo.
Isto não é
retórica. não é filosofia, não é sofisma.
Esta é a mais
pura realidade de quem vive no mundo e não sabe o porquê do mundo, não sabe o
porquê da vida, não sabe o porquê do nada.
E por que tudo
assim foi feito? Desta maneira?
Tudo parece
não merecer nenhuma importância, quando se vê a conclusão de uma vida em pó, em
nada.
Tu és pó! E
ao pó tornarás!
E o pó se
derretendo na água, provando que na água está o princípio e o fim do pó.
O sal que se
tira da água do mar, nela se dissolve.
Tudo se
derretendo na água e se encaminhando para baixo, porque a água só desce.
O abismo do
sal é o fundo do mar - abissal. Dentro de um Castiçal.
E o Espírito de Deus pairava por sobre as Águas e havia trevas sobre a face do abismo. Foi assim que
tudo começou, neste segundo mundo.
Como assim?
Existe um primeiro mundo?
Sim! Se existe o filho é porque existe o Pai!
A verdadeira Criação Divina, é do Primeiro Mundo. E foi esta criatura que ficou
extinta na Água e na Terra e, a partir daí, veio sendo construído este segundo
mundo, que se achava ser o primeiro, por ter surgido do nada.
Esquecendo
que o nada teria que ter uma origem,
porque nada se perde, tudo se transforma.
O que não
tinha sido revelado, até então, é o histórico desta origem do nada - o princípio do segundo mundo, que
no nada estava o Abismo.
Neste segundo
mundo tudo e todos vivendo de aparências, sem se conhecer, por terem surgido do
nada, mas atribuindo a Deus a culpa
de todo o sofrimento que se abateu sobre as criaturas, na medida que as
criaturas foram alcançando o topo do mundo, fugindo do abismo e das trevas,
buscando a luz, mas sempre à beira do abismo.
Assim como o sal
à água torna, descendo no abismo do sal, a criatura ao primeiro mundo tornará,
subindo ao encontro da Luz.
Vejam nisto a
Ação e a Reação Universal. Vejam nisto a inversão do reverso! O
"Uni-verso".
Então, no Universo em Desencanto está a história
que não podia ser contada no segundo mundo, enquanto segundo mundo, onde tudo e
todos se julgavam absolutos e dominantes sobre todas as coisas (como esse
mocinho aí da foto).
No Universo
em Desencanto está a história do primeiro mundo, onde a Criação Divina é de puros, limpos e perfeitos; onde só existe
Pureza!
E onde há Pureza não há restrições! A Pureza é a dona da liberdade.
E foi
justamente o uso da liberdade, além dos limites da Pureza, que levou a Criação
Divina ao seu estado de extinção - o nada
- onde o Espírito de Deus, o
Raciocínio, ficou pairando por sobre as Águas, à beira do abismo.
E a Luz que foi feita, fiat lux, é a Luz das Trevas,
feita para alumiar as trevas deste segundo mundo. A verdadeira Luz sempre
existiu no primeiro mundo, nosso verdadeiro Mundo de Origem - o primeiro mundo
- a Criação Divina.
E quem podia
contar a história do primeiro mundo, consequentemente justificando a história do segundo?
Somente um
Raciocínio superior a todos os Raciocínios, para libertar todos da escravidão
da vida da matéria, ou vida do pó, que é a água.
Libertar os
raciocínios que ficaram pairando por sobre as Águas, materializados em forma de
máquina do Raciocínio - a máquina pineal, a máquina que fica no cume da coluna
do corpo humano, semelhante à cadeia rochosa da Terra.
Então, o
Homem chegou lá!
E agora
decide, no verso reverso, se une os dois versos do encanto e do desencanto, ou
se cai para dentro do abismo do sal - o Abissal, onde está o Senhor Deus criador
de todas as coisas aparentes - a vigésima segunda eternidade da escravidão
servil da matéria.
E só aprende
a usar a liberdade quando se encontra a Pureza
- a dona da liberdade.